domingo, 27 de setembro de 2009

Algumas semanas atrás...

Minhas pernas estão me matando
Suado de tanto dançar e pular
No pensamento, só há música
No corpo, só movimento e vibração
Meus olhos são meu meu coração
A vontade é ficar ainda mais
Porém o corpo não aguenta

Na fila do caixa, onde mais valeu a pena
Olhos nos olhos, inicialmente nem se interessou
Espreitei tranquilamente a fim de estudar o terreno
Não me aguentei, regozijando-me por dentro,
Comocei a relar mão com mão,
Não obtive resposta, pelo contrário, indiferença
Meio que desisti, fiquei apenas a observar a presa
Inicialmente, desviava o olhar
Pouco a pouco, conquistei sua confiança
E seus olhos se voltaram para mim
Meio que não acreditei, ficamos a nos olhar
Alguns minutos se passaram até que...

Peguei em sua mão ferozmente,
Ainda assim como quem não quer nada
Poucos ao nosso redor, naquela fila,
Notaram aquela troca de carícias intensa e ardente
Sussuramos coisas ao ouvido um do outro
A conversa foi breve, a sensação intensa
O sentimento mútuo, a consciência única
Olhos nos olhos, sorrisos nos lábios
As mãos nem sei dizer... Calor, muito calor
Em nossa mente apenas uma música:
"Vai desabar água... Pra lavar o que tem que limpar!"

Infelizmente, vacilei... depois de um tempo cheguei ao caixa
Saí da boate, amigos me esperavam já do lado de fora
Agi errado, não esperei minha presa
Não peguei número algum, deveria ter pego...
Paciência... foi bom... foi inesperado...
Foi intenso... Foi Gambiarra...