Ou Pequena Miss Sunshine, foi o filme a que assisti no fim da noite desta quarta-feira. Não li críticas, nem sinopses, nem comentários a respeito do mesmo. Na minha opinião, não é um filme tão grandioso ou uma super-produção, mas sim um filme centrado no nosso cotidiano, cheio de estereótipos mal-quistos pela "perfeita" sociedade e cheio de simplicidade - desde os cenários, recursos empregados aos diálogos, estes bem compostos e objetivos -, em contraponto o roteiro é recheado de informação, risadas e aventura.

Sinopse (da Wikipédia)
Diante de uma situação familiar pouco estável, com cada membro da família com suas peculiares diferenças e problemas, surge a notícia que Oliver foi classificada no concurso "A Pequena Miss Sunshine" na Califórina. Sai então toda a família: o avô de Oliver que ensaia todos os dias a neta para o concurso e que foi expulso de uma casa de repouso pelo uso de drogas; o pai Richard que vende um programa de auto-ajuda para quem quer ser um vencedor; a mãe típica que valoriza a honestidade; o tio Frank, gay que acaba de tentar um suicídio por ser traído pelo namorado, por isso é recomendado ficar com a família; e o irmão mais velho Dwayne afixionado em ser piloto de aviões, e por isso faz um "voto de silêncio" até conseguir sê-lo. Todos juntos precisam levar a pequena Oliver, sonhadora e desengonçada, com o único meio de locomoção da família que é uma Kombi amarela. Na viagem de três dias entre o Novo México e a Califórnia eles passam por diversos momentos de alegria, tristeza e descobertas.

Retomando...
(não leia caso não tenha assistido ao filme, pois contém spoilers)
Oliver é uma garotinha encantadora e tem sorte por ter a família que tem, apesar dos seus integrantes terem tantos problemas. Graças a ela e ao concurso de Miss, uma oportunidade de união e compreensão entre os membros da família surge, as situações pelas quais passam desperta algo que nos incomoda muito: o que realmente somos ou fazemos e o que a sociedade exige. No filme nem todos os problemas tem um desfecho (suicídio, homossexualismo, falência, divórcio e drogas), mas todos que entraram naquela Kombi conseguiram alcançar algo valioso para si (para se alcançar objetivos e sonhos não basta apenas desejar, existem limitações físicas e sociais que nem sempre apenas dificultam, mas também nos impedem).
Primeiramente, você tem um panorama da vida dos personagens e é invadido por sentimentos que variam entre repulsa, solidão e tristeza. Na seqüência, o roteiro se revela repleto de altos e baixos, envolvente e interessante. É um excelente filme, que com certeza vale a pena ser assistido com a família.
Talvez isso tudo sirva para mostrar que o foco de interesse ou preocupação da sociedade está errado, temos de prestar mais atenção em coisas mais importantes, como:
- A relação familiar, que deve conter diálogos, compreensão e esforço se manter unida;
- Às vezes seguimos adiante pelo motivo errado, nem sempre estamos certos;
- A felicidade está nas pequenas coisas, as importantes, e não aquelas que nos oferecem "status";
- As coisas com as quais nos ocupamos e que acabamos as colocando no lugar da família.
Coisinhas que merecem atenção no filme...
- Deixamos nossas crianças se importarem demais com a aparência e absorverem tudo que a Mídia impõe;
- Uma forma de alcançarmos nossos sonhos é nos isolar do mundo, afim de não ouvir que esse sonho é difícil ou impossível;
- Não se pode confiar completamente em todos ou esperar por tudo que nos prometem;
- Homossexuais não devem ser desconsiderados como ser humano e suicidas não devem ser descartados, todos merecem uma segunda chance;
- O sorriso de uma criança não tem preço, é um pequeno raio de sol.